sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mauricio de Sousa completa 80 anos


Criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa completou 80 anos nesta terça-feira (27/10). E fãs do cartunista aproveitaram para postar homenagens em redes sociais, e no site dele (http://turmadamonica.uol.com.br/mauricio80/) muitas delas citando a época em que, na infância, liam os gibis da turma. E como fã dele, não poderia deixar de fazer um post homenageando esses 80 anos. 
Sempre admirei o trabalho dele, desde criança acompanho os gibis da turma e tenho preferencia pela Monica e o o Bidu.  Mauricio de Sousa nasceu no Brasil, em uma cidade pequena no estado de São Paulo, chamada Santa Isabel, cidade a qual eu nasci e me mudei o ano passado. O pai de Mauricio de Sousa era poeta e barbeiro e sua mãe poetisa. Com poucos meses, Mauricio foi levado pela família para a cidade vizinha Mogi das Cruzes,  cidade que moro hoje. Onde ele passou parte de sua infância, a outra parte ele já morava em São Paulo. 
Enquanto estudava, trabalhou em rádio. E para ajudar no orçamento domestico, desenhava cartazes e posteres. Mas seu sonho era se dedicar ao desenho profissionalmente. Chegou a fazer ilustrações para os jornais de Mogi. Mas queria desenvolver técnica e arte. Para isso, precisava procurar os grandes centros, onde editoras e jornais pudessem se interessar pelo seu trabalho.
Pegou amostras do que já tinha feito e publicado e dirigiu-se para São Paulo em busca de emprego. Não conseguiu. Mas havia uma vaga de repórter policial no jornal Folha da Manhã. E Mauricio fez um teste para ocupar a vaga. E passou.  
Ficou 5 anos escrevendo reportagens policiais. Mas chegou um tempo em que tinha que dividir entre a policia e a arte. Ficou com a velha paixão. Isso foi em 1959.
Nos anos seguintes, Mauricio criara outras tiras de jornal Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho e paginas tipo tabloide para publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de publicações durante 10 anos.  
Para a distribuição desse material, Mauricio criou um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma década
Dai chegou o tempo das revistas de banca. Foi em 1970, quando a Monica foi lançada já com tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, dois anos depois, pela revista Cebolinha e nos anos seguinte pelas publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outras. 
Seus trabalho começaram a ser conhecidos no exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Monica. 
Resolveu enfrentar o desafio e abriu um estúdio de animação a Black & White com mais de 70 artistas realizando 8 longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades e econômicas do país. A inflação impedia projetos a longos prazo, a bilheteria sem controle dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de reserva de mercado da informatica, que impedia o acesso à tecnologia de ponta necessária para a animação moderna. 
Mauricio, então, parou com o desenho animado e concentrou-se somente nas historias em quadrinhos e seu merchandising. Hoje, suas revistas vendem-se aos milhões, o licenciamento é o mais poderoso do país. 
Atualmente, fora os gibis em banca, também encontramos a Turma da Monica Jovem tem um estilo de mangá voltado para um publico adolescente. E também tem as Graphics Novel para um publico adulto. 

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