sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Resenha #28 Em busca de abrigo de Jojo Moyes






Sinopse: Romance de estreia da autora vencedora do prêmio RNA com A casa das marés. Sem contato com sua mãe desde que fugiu de casa quando ainda jovem na zona rural da Irlanda, Kate fez um juramento de que seria sempre amiga de sua filha, Sabine. Mas a vida tem uma maneira engraçada de se repetir, e Kate vê um abismo crescente entre elas. Com Sabine às vésperas de fazer uma jornada de volta à Irlanda para ver sua avó e resgatar seu passado, Kate se pergunta como elas chegaram a essa situação e o que ela pode fazer para mãe e filha se reconectarem. Para Joy, ver sua neta é a realização de um sonho. Após uma dolorosa separação de sua filha Kate, ela aguarda ansiosamente a chegada de Sabine. Porém, logo após a chegada da neta, a conexão que ela esperava não acontece, diminuindo seu entusiasmo. E quando o impetuoso temperamento de Sabine força Joy a encarar fantasmas do passado, ela percebe que talvez seja a hora de fechar antigas feridas. A inesquecível história de três gerações de mulheres irlandesas frente às verdades fundamentais de amor, dever e o inquebrável elo que une mães e filhas.


Emocionante !!!!

Este é um romance sobre três gerações de mulheres - conta a historia de Joy seus anos de  alegria e formação em Hong Kong de 1950,  onde também conheceu e se casou com o soldado Edward.  Foi algo muito rápido, em apenas alguns dias, se conheceram, ficaram noivos, mas ele teve que voltar  ao trabalho,  navegar a lugares distantes. E depois de um ano, ele volta  e se casam. O casamento deles parece ser idílico especialmente quando Joy compara sua vida com a de seus amigos,  eu estava um pouquinho cética em relação a todo o seu relacionamento. No entanto, eu não deveria ter duvidado da autora, como anos mais tarde, alguns eventos, são descobertos e nos mostram o lado mais sombrio de seu casamento, provando que nada pode ser sempre perfeito, como imaginei no começo.

No cenário moderno, Joy e Edward possui uma fazenda de cavalos bem sucedido na Irlanda. Eles têm uma filha Kate, que não é próxima deles e fugiu da Irlanda para Londres,  para escapar das tensões e problemas no domicílio. Kate também tem uma filha chamada Sabine e história parece estar se repetindo, como a sua relação como mãe / filha também é bastante preocupante. Kate não tem a menor sorte no amor, e Sabine está farta disso,  de diversas casos que sua mãe tem, e  de relações que trazem uma figura paterna em sua vida para que depois eles sejam removidos dela. Quando  Joy liga para Kate, para dizer a ela que seu pai Edward está muito doente, Kate tem a chance mandar sua filha Sabine a  ir para a fazenda e conhecer sua avó e avô corretamente, ao mesmo tempo, dando-lhe uma pausa de um último desastre romântico .

Sabine odeia Irlanda. Ela odeia a fazenda e cavalos, e encontra na avó uma pessoa muito fria. Joy também se sente dificuldade em se comunicar com Sabine. Ao longo do tempo no entanto, à medida que aprendemos sobre todas as três gerações de mulheres, vamos compreendê-las  um pouco melhor, as relações frágeis entre as três parecem estar lentamente a emendar-se. Antes que isso aconteça ainda há um monte de sentimentos a revela, segredos a serem descobertos e pontes a serem construídas.

Uma das coisas que eu amei sobre este livro,  é que você começa uma perspectiva de todos os três personagens principais e um interruptor em linhas de tempo do passado para o presente. Esta é uma ferramenta tão eficaz em conhecer os personagens para o leitor e fornece explicações para as coisas que aconteceram. Eu fiquei irritada algumas vezes com elas, mas  acho que um dos sinais de uma boa história é que os personagens devem trazer alguma emoção crua ao leitor. Até o final do livro, vemos  mudanças na Joy, Kate e Sabine para o melhor devido a suas experiências. Mas o que mais gostei do livro foi que a autora não deu um final "foram felizes para sempre " mas mostrou a realidade e os desafios para seguir a vida como todos temos . 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Entrevista de Hábitos Literários: Ariel Ayres


Se apresente e nos fale quais gêneros literários gosta de ler.
Bem, meu nome é Ariel Ayres e escrevo desde muito pequeno. Já publiquei dois livros com editoras e um de maneira independente, de maneira digital. Estudo Publicidade e Propaganda e também sou músico, compositor e ator. Quanto aos gêneros, eu diria que sou bastante variado: leio ficção científica, terror, distopia, policial, mas, em sua maioria, fantasia é o que mais povoa minhas estantes.

Quando resolveu escrever um livro quais foram as motivações?
Acho que minha enorme vontade de contar histórias que não seriam contadas de outra forma. Eu comecei a escrever roteiros de cinema, quando tinha uns doze anos, se me recordo bem. Meio exagerado, já sei, mas logo tomei vergonha na cara e parti para os livros propriamente ditos. Acho que se eu não escrevesse eu ia acabar explodindo de tantas ideias, tantos nomes e lugares que acabo criando diariamente.

Acredita em inspiração? Quais foram as suas inspirações ao começar a escrever?
Acredito, sim. E, na minha opinião, ela pode vir de qualquer lugar. Eu sempre conto essa história, mas uma vez eu fui inspirado pela chuva acertando a janela do meu quarto. Foi o primeiro livro que publiquei, chamado A Chuva (conveniente, né?). Ele começa com a seguinte frase: “A chuva incessante caía na janela do bar”.

Para você, o que significa ser escritor?
Acho que ser escritor é mais do que, simplesmente, escrever. Ser escritor é ser um artista e, como tal, traz todas as responsabilidades e “obrigações” do fazer arte. Essas seriam: provocar, instigar, ensinar, questionar, representar, enfim. Toda arte tem uma função social e acho que nós, escritores, temos essa responsabilidade em nossas costas. Por mais que trilhemos os caminhos do surreal, no caso de nosso Clube de Autores de Fantasia, devemos discutir nossos contextos atuais, expor as realidades e criticá-las. Devemos fazer pensar. Sem isso, de nada vale o trabalho.

Qual livro que você leu esse ano e mais gostou e qual é seu livro de cabeceira no momento? E quais são seus livros preferidos?
O livro que mais gostei de ler esse ano foi iT, do mestre Stephen King. Ainda assim, tenho de citar alguns dos livros nacionais que li esse ano, com muito orgulho, e que adorei. São eles: Lobo de Rua, de Jana P. Bianchi; A Ilha dos Ossos, o segundo livro da série O Castelo das Águias, de Ana Lúcia Merege; A Liga dos Artesãos, o primeiro livro da série Alvores, de Lauro Kociuba. E o livro que estou lendo no momento é Limbo, do meu grande amigo Thiago d’Evecque. Quanto ao meu favorito de todos os tempos, é, sem dúvidas, A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak. E Não Sobrou Nenhum, de Agatha Christie, a série Fundação, de Isaac Asimov e a série O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, também figuram no meu top 10.

Qual o melhor horário para ler na sua opinião? E qual seu lugar preferido para ler?
Eu costumo ler pela manhã, apesar de variar bastante, e prefiro fazê-lo em minha casa. Vez ou outra leio dentro do ônibus ou no banco, mas é mais difícil eu ler na rua; não me agrada muito. Acho que ler é uma situação mais intimista e detesto ser atrapalhado.

Tem algum hábito exclusivo de leitura?
Na verdade, não. Quando leio fico muito focado, é difícil eu fazer qualquer coisa mais do que sentar e ler.

Que sugestões você daria para os leitores do blog leitura Mania?
Para os que querem continuar apenas lendo: deem chance para os nacionais, se vocês já não o fizerem. Não falo nem por mim, exclusivamente, mas pelos escritores incríveis que conheço por conta do Clube de Autores de Fantasia, e pelos outros que ainda não tive a honra de conhecer. Já disse o nome de alguns aqui nessa entrevista, mas há outros. Muitos outros. Se eu fosse citar todos, nunca mais essa entrevista terminaria! Temos, hoje, trabalhos tão bons, ou até melhores, que os que vem de fora, já consagrados, por isso dê uma chance, você vai se surpreender. Para os que desejam ser (ou já são) escritores, dou a minha sugestão preferida: não desista de sonhar. Nunca. Seus sonhos fazem parte de você e te definem como pouca coisa consegue.

Possui algum livro ou conto publicado? Fale nos sobre eles.
Publiquei “A Chuva” pela editora Livro.Com, “O Quatro – Versão Negra” pela editora Delicatta e “Paenes Umbra” pelo Clube de Autores, de maneira independente. O primeiro é um romance policial que conta a história de um detetive que está investigando uma série de assassinatos cometidos por Dimitri, um psicopata que sempre deixa pistas propositais nos corpos das vítimas. “O Quatro – Versão Negra” é um livro que fala sobre a chegada dos quatro elementos ao nosso planeta. Eles são enviados por uma força superior (chamado, carinhosamente, de O Narrador) para exterminar a raça humana. Uma curiosidade sobre O Quatro – Versão Negra: estou reescrevendo o livro e pretendo publicá-lo no fim de 2015 na Amazon. “Paenes Umbra”, por sua vez, é um romance de contos de terror e narra a chegada de um homem a uma livraria abandonada. Lá dentro, ele conhece um senhor que, por alguma razão, começa a contar histórias assombrosas para ele. Quanto aos contos, tenho dois em meu perfil no Wattpad e mês passado um meu, chamado de A Casa do Prefeito, saiu na Trasgo #08, que tem a participação de escritores maravilhosos. Vale a compra!

Possui alguma página ou blog? Se sim nos fale o endereço dele e nos fale sobre ele.
Não, por enquanto só tenho meu perfil pessoal no facebook onde compartilho tudo sobre meus livros, músicas e peças das quais participo eventualmente. No entanto, podem dar uma olhada no meu perfil de Wattpad. Lá tenho alguns contos antigos colocados e, mais importante, os cinco primeiros capítulos de O Quatro – Versão Negra: bit.ly/oquatro

Uma pergunta que não fiz e que gostaria de responder?
Achei a entrevista bem completa, na verdade. Agradeço muito a abertura do espaço!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O Rei Amarelo em quadrinhos

A Editora Draco preparou uma série de lançamentos para sua estreia no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), de 11 a 15 de novembro. Entre eles o que despertou minha curiosidade foi o quadrinho O Rei Amarelo.

A redescoberta da obra de Robert W. Chambers, autor dos contos sobre a peça de teatro maldita O Rei Amarelo, inspirou esta coletânea com oito histórias em quadrinhos cheias do mais doentio horror impressas em preto, branco e amarelo. São 164 páginas macabras inspiradas pela leitura do livro amaldiçoado, visões amareladas que forçaram os artistas a realizar histórias originais que destruíssem tudo à sua volta, até eles mesmos.
A organização do álbum ficou por conta de Raphael Fernandes, que selecionou e reuniu um time de quadrinistas formado por Pedro Pedrada, Lucas Chewie, Tiago P. Zanetic, Victor Freundt, Raphael Salimena, Rafael Levi, Samuel Bono, Tiago Rech, Marcos Caldas, Airton Marinho, Maurício R. B. Camps, Perícles Ianuch, Erik Avilez e André Freitas. Tudo reunido dentro de uma instigante capa feita por João Pirolla.
O Rei Amarelo em Quadrinhos tem formato 17 x 24 cm, papel couché e 164 páginas em preto, branco e amarelo. R$ 49,90.


Quack



Essa é uma história de superação e amizade entre o descendente de uma família de aviadores Baltazar Drumont e o espirituoso pato dourado Colombo. O mangá foi um dos vencedores do concurso Brazil Manga Awards 2014 da editora JBC e fez sua estreia na Draco pelo selo Contraversão, que publica histórias fechadas de 20 e poucas páginas com capa cartonada e preços camaradas.
Baltazar é o mais novo de uma lendária família de aviadores. Sua vida de covardice e bundamolice parece ter chegado ao fim graças a sua amizade com o patinho zoeiro Colombo, que é daqueles que perde o amigo, mas nunca uma trollagem. Não bastasse seu humor peculiar, o bicho tem poderes incríveis e misteriosos, olha só!
Entre aventuras pra pagar as dívidas ou conseguir o que comer, os dois amigos se metem nas mais absurdas presepadas e acabam devendo mais do que ganham. Será que vão conseguir quitar todas as dívidas com o agiota? Seria uma metáfora da vida de seu autor, atualmente falido? Só essas páginas poderão responder.
Esta série traz as mais absurdas loucuras, risadas e diversão, mas é acima de tudo uma história de aventura, amizade e que traz o espírito livre da imaginação.
Quack é uma série mensal de 10 páginas, atualizada sempre na quarta semana de cada mês.Roteiro e Arte: Kaji Pato

Eu li ele quando foi publicado no edição da JBC e a historia e a arte me supreendeu muito, estou curiosa para ler essa edição. Assim que tiver em mão faço uma resenha, falando da arte e de como está a historia. Recomendo, temos que conhecer obras nacionais. 


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Entrevista de Hábitos Literarios: Thiago Lee


Se apresente e nos fale quais gêneros literários gosta de ler.
Meu nome é Thiago. Meus amigos me chamam de ‘Lee’ e meus inimigos de ‘senhor’. Sergipano de nascença e coração, moro em São Paulo capital. Sou autor independente e A-M-O ler. Os gêneros que mais me interessam são fantasia, ficção científica e terror.

Quando resolveu escrever um livro quais foram as motivações?
No início não foi bem uma questão de motivações. Simplesmente aconteceu. Rabiscava no meu caderno, quando uma ideia despontou e me deparei escrevendo parágrafos intermináveis. Quando percebi que havia gostado da experiência, não parei mais.

Acredita em inspiração? Quais foram as suas inspirações ao começar a escrever?
Inspiração é o gatilho que faz todo escritor começar a produzir conteúdo. Naturalmente, minhas inspirações vieram de histórias que li/assisti e situações que vivi.

Para você, o que significa ser escritor?
Significa ter a coragem de expor os segredos e desejos mais sórdidos da sua alma numa folha de papel e torná-los públicos.

Qual livro que você leu esse ano e mais gostou e qual é seu livro de cabeceira no momento? E quais são seus livros preferidos?
O livro que mais gostei esse ano foi ‘Cem Anos de Solidão’ de Gabriel García Márquez. Uma obra-prima da literatura latina, senão mundial. No momento estou lendo ‘O Temor do Sábio’, continuação de ‘O Nome do Vento’, de Patrick Rothfuss, uma fantasia belíssima e um clássico instantâneo. Os meus livros preferidos na verdade são os que marcaram fases da minha vida (nessa ordem): Capitães de Areia (Jorge Amado), Harry Potter e o Cálice de Fogo (J. K. Rowling), O Caso dos Dez Negrinhos (Agatha Christie), 1984 (George Orwell) e O Guia do Mochileiro das Galáxias (Douglas Adams).

Qual o melhor horário para ler na sua opinião? E qual seu lugar preferido para ler?
Não há melhor horário, mas cada momento exige uma leitura diferente. De manhã cedo leio as notícias, no transporte público leio prosa, no almoço leio textos curtos (muitas vezes blogs e opiniões de críticos) e à noite leio prosa outra vez. Prefiro ler em pé, pois nunca consigo arranjar uma posição confortável para ler na cama.

Tem algum hábito exclusivo de leitura?
Tenho fixação em ler primeiros parágrafos de livros. Nas livrarias, saio abrindo todos os livros e lendo o primeiro parágrafo de cada um.

Que sugestões você daria para os leitores do blog leitura Mania?
Vejam menos televisão e bebam bastante água.

Possui algum livro ou conto publicado? Fale nos sobre eles.
Possuo vários contos publicados pela Andross Editora, inclusive um indicado ao prêmio Strix. Também possuo contos publicados na Amazon, um deles finalista do concurso Brasil em Prosa.  E estou lançando meu primeiro livro solo ‘Réquiem para a Liberdade’ no dia 28/11 durante o evento Livros em Pauta em São Paulo.

Possui alguma página ou blog? Se sim nos fale o endereço dele e nos fale sobre ele.
Estou nas principais redes sociais, onde vocês podem ler meus contos de graça, comprar meus trabalhos publicados e acompanhar as novidades do meu livro que está para lançar.
Facebook: www.facebook.com/thiagolee
Twitter: www.twitter.com/thiagoleee
Wattpad: www.wattpad.com/user/thiagolee
Website: www.thiagolee.com.br

Uma pergunta que não fiz e que gostaria de responder?
P: Que dica você daria para quem quer começar a escrever mas não sabe absolutamente por onde começar? R: Leia MUITO, escreva MAIS AINDA (todos os dias, é sério!) e divulgue seu trabalho sem pena. Ninguém vai te humilhar publicamente por tentar. Não tenha medo.




terça-feira, 3 de novembro de 2015

Resenha #27 Eu Robô, Isaac Asimov



Sinopse: Sensíveis, divertidos e instigantes, os contos de Eu, robô são um marco na história da ficção científica, seja pela introdução das célebres Leis da Robótica, pelos personagens inesquecíveis ou por seu olhar completamente novo a respeito das máquinas. Vivam eles na Terra ou no espaço sideral; sejam domésticos ou especializados, submissos ou rebeldes, meramente mecânicos ou humanizados, os robôs de Asimov conquistaram a cabeça e a alma de gerações de escritores, cineastas e cientistas, sendo até hoje fonte de inspiração de tudo o que lemos e assistimos sobre essas criaturas mecânicas.

Eu robô, melhor livro que li esse ano. Essencialmente uma série de contos contada na forma de uma entrevista , este livro é um clássico. Como os robôs foram desenvolvidos e criados para novos fins e os problemas que surgiram quase sempre tinha a ver com algum conflito imprevisto entre as leis da robótica .

"Houve um tempo em que o homem enfrentou o universo sozinho e sem amigos. Agora ele tem criaturas para ajuda-lo; criaturas mais fortes que ele próprio, mais fieis, mais uteis e totalmente devotadas a ele. A humanidade não está mais sozinha. [...] Os robôs são uma especie melhor e mais perfeita que a nossa. Dra Susan Calvin" 


Os nove contos deste livro exploram algo extraordinário: a robopsicologia, a análise do pensamento e do comportamento dos robôs regidas pelas Três Leis da Robótica. Essas histórias abrangem todo o ciclo de vida do personagem principal, a Dra. Susan Calvin, uma robôpsicóloga da U.S. Robts and Mechanical Men. Em cada uma dessas histórias, Susan lembra um interessante problema ou dilema enfrentado na interação homem-robô.

Um dos contos que gostei foi Razão, um trecho dele:

"Olhem para vocês - disse ele por fim. - Não digo isso com desdém, mas olhem para vocês! A materia de que são feitos é macia e flacida, sem resistencia nem força, e depende de uma oxidação ineficiente de matéria organica para obter energia ...como aquilo. - Ele apontou o dedo para o que restava do sanduiche de Donovan com ar de desprovação. - De tempos em tempos, vocês entram em coma e a menor variação de temperatura, pressão do ar, umidade ou intensidade radiativa prejudica a sua eficiencia. [...] Esses são fatos que, com a proposição óbvia de que nenhum ser pode criar outro ser superior a si mesmo, põe por terra a sua tola hipotese"

As histórias estão em ordem cronológica da sua linha do tempo, começando com robôs simples usadas como babás ou empregados em casa. Devido à pressão social, inicialmente US Robots não está autorizada a vender robôs para o emprego na Terra. Em vez disso, vendê-los para tarefas de mineração e de manutenção de asteroides, planetas e naves espaciais. Nesses ambientes, geralmente alguma anomalia no comportamento do robô é observado. E por meio da análise da complexa interação entre as três leis da robótica, a solução é descoberto. Cada um deles é um enigma inteligente e existem questões filosóficas muito pertinentes de como as leis e regras pode ser interpretada, e é tudo entregue em um pacote fantástico de inteligência e caráter . 

Para o final da vida de Susan, em seus últimos histórias, estamos finalmente servido robôs na Terra, que são tão inteligente que eles correm corporações ou partes de terra inteiras. Com Asimov, a situação robô nunca é distópico, como nos filmes de Hollywood, graças à primeira Lei da Robótica: um robô não deve prejudicar um ser humano. Asimov realmente se estende a imaginação com a Máquina, que atua como um administrador benevolente para com centenas de milhões de seres humanos.

Essas histórias abranger novas dimensões da visão e pensar em robôs na nossa vida em um possível futuro com eles. A prosa aqui é livre e elegante e o livro é surpreendentemente fácil de ler, considerando seu assunto.Enfim, eu poderia ler Asimov o dia todo e não me cansa. Seu escopo das mudanças culturais são muito interessantes. E existem questões filosóficas muito pertinentes de como as leis e regras pode ser interpretada, e é tudo entregue em um pacote fantástico de inteligência e caráter. Eu particularmente gostei muito da personagem de Susan Calvin.Eu Robo é uma ótima introdução para Asimov, sendo uma leitura obrigatória.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Entrevista Hábitos Literários: André Gordirro



Começo nossa conversa , pedindo para que se apresentar e nos fale quais gênero literários costumar ler ?

Eu sou André Gordirro, crítico de cinema há vinte anos (Revista SET, Veja Rio, Jovem Nerd) e tradutor de mais de 25 livros. Leio fantasia e ficção científica.

Quando resolveu escrever Os Portões do Inferno quais foram as motivações?

Eu baseei meu livro na campanha de RPG que mestrava para os amigos. Como aquilo era diversão descompromissada, as histórias em si não eram boas, mas os personagens eram excelentes. Então mantive os personagens e criei uma história do zero.

Acredita em inspiração? Quais foram as suas inspirações ao começar a escrever? 

Acredito, lógico. Foram muitas, da situação geopolítica atual (conflito no Oriente Médio, intervencionismo americano) até o Dungeons & Dragons em si, passando por meus mestres de literatura, Frank Herbert, Michael Moorcock, Fritz Leiber e Robert E. Howard.

Para você, o que significa ser escritor? 

É só um ato mecânico de digitar aquilo em que minha mente pensa 24 horas por dia.

Qual livro que você leu esse ano e mais gostou.E qual é seu livro de cabeceira no momento? E quais são os seus livros preferidos?

Adorei Perdido em Marte (li o original, pelo que comparei a tradução matou muito do humor). O de cabeceira no momento é Homecoming, do R. A. Salvatore, e o Scoundrels, do Timothy Zahn, que estou traduzindo pra Aleph. Meu favorito de todos os tempos é Duna, do Frank Herbert. Depois vem uma longa fila, mas a distância para Duna é enorme.

Qual o melhor horário para ler na sua opinião? E qual o seu lugar preferido para ler?

Quando era criança e adolescente, eu lia o dia inteiro. Agora me resta aquela última hora antes de dormir, sempre na cama.

Tem algum hábito exclusivo de leitura?

Eu leio muito quadrinhos, e só consigo ler com a luz do dia, para melhor apreciar as cores e desenhos. Então só leio quadrinhos aos fins de semana, de manhã e após o almoço. Livros só leio agora no Kindle, mesmo em casa, pois dá para ajustar a fonte, não pesa na barriga. Só vantagens.

Que sugestões você daria para os leitores do blog leitura Mania ?

Aprendam inglês pois vocês não dependerão de política editorial brasileira para ler o que vocês gostam. Vejo gente descobrindo Herdeiro do Império, do Timothy Zahn, só agora que a Aleph lançou, quando eu li o livro em 1991, no ano de seu lançamento. É triste depender dos outros para qualquer coisa. Eu aprendi inglês justamente lendo Heir to the Empire porque queria ler o livro de qualquer maneira. Não se acomodem.

Comente sobre Portões do Inferno ? Quando sairá o próximo livro?

"Os Portões do Inferno" conta uma aventura épica, com ação e momentos de humor e horror sobre seis anti-heróis que acabam se envolvendo involuntariamente em uma trama para salvar o reino. É o início de uma trilogia chamada Lendas de Baldúria, e pretendo lançar o próximo ano que vem. Já estou escrevendo.

Possui alguma pagina ou blog. Se sim nos fale o endereço dele e comente sobre ele?

Eu mantenho uma fan page no Facebook onde posto coisas relativas a literatura de fantasia, eventos do livro etc. A URL é https://www.facebook.com/Andr%C3%A9-Gordirro-1636055610003634/?ref=hl

Uma pergunta que não fiz e que gostaria de responder?

Bem, queria dizer que, para quem espera o segundo livro ou quer conhecer mais um pouco das Lendas de Baldúria, pode baixar o conto grátis "Um Chamado do Inferno" que eu lancei na Amazon.com.br, aqui nessa URL http://www.amazon.com.br/Um-chamado-inferno-Lendas-Bald%C3%BAria-ebook/dp/B015HVSM5Q/ref=sr_1_2?s=books&ie=UTF8&qid=1445860952&sr=1-2