Razão e Sensibilidade conta a história das irmãs Dashwood, Elinor e Marianne, que, na Inglaterra dos últimos anos do século XVIII, ficam desamparadas com a morte do pai, cujas propriedades são deixadas como herança para um filho do primeiro casamento, obedecendo-se às leis inglesas. Bonitas, inteligentes e sensíveis, as irmãs Elinor e Marianne, sua mãe e sua irmã menor, Margareth, mudam-se para um chalé oferecido por um parente distante. Sem dotes a serem oferecidos para seus casamentos, Elinor, o arquétipo austeano da razão, e Marianne, o da sensibilidade, têm pouca oportunidades de conseguir um bom casamento, mas a grandeza de seus sentimentos - a sinceridade e a fidelidade do coração de ambas - se revela importante contra a hipocrisia de uma sociedade preocupada apenas com os bens materiais.
Personagens :
- Henry Dashwood — um rico cavalheiro que morre no início da história. Mediante o fato de a 2ª esposa e as 3 filhas nada herdarem de sua propriedade, de acordo com a lei da época, faz com que, preventivamente, peça ao único filho homem, John, fruto do 1º casamento, que ampare sua 2ª esposa e filhas após sua morte.
- Mrs. Dashwood — a 2ª esposa de Henry Dashwood, que fica em dificuldades financeiras após a morte do marido. Ela tem 40 anos no início da história, e é muito parecida com sua 2ª filha, Marianne, sujeita a tomar decisões baseadas mais na emoção do que na razão.
- Elinor Dashwood — a sensível e reservada filha mais velha de Mr. e Mrs. Henry Dashwood. Ela tem 19 anos no início da história, e está atraída por Edward Ferrars, o cunhado de seu meio-irmão John. Dotada de um senso de responsabilidade para com os familiares e amigos, ela suprime sua emoções, de forma que os outros a acham indiferente, fria de coração.
- Marianne Dashwood — a romântica e expressiva 2ª filha de Mr. e Mrs. Henry Dashwood. Ela tem 16 anos no início da história, e se torna o centro das atenções do Coronel Brandon e de Mr. Willoughby. Ela é atraída pelo belo e romântico Willoughby, e rejeita o reservado e, por ela considerado velho, Coronel Brandon. Marianne muda sua atitude através da história, decidindo, a exemplo da irmã mais velha, seguir também a razão.
- Margaret Dashwood — a mais jovem filha de Mr. e Mrs. Henry Dashwood. Ela tem 13 anos no início da história, e também é romântica e bem-humorada.
- John Dashwood — o filho de Henry Dashwood com sua 1ª esposa. Ele pretende ajudar suas irmãs, mas é um tanto avaro, e é facilmente convencido pela esposa a não ajudá-las.
- Fanny Dashwood — a esposa de John Dashwood, e irmã de Edward e Robert Ferrars. Ela é vaidosa, egoísta, esnobe, e mima seu filho Harry. Ela despreza as irmãs e a madrasta do marido, em especial quando percebe que o rimão, Edward, está atraído por Elinor.
- Sir John Middleton — um parente distante de Mrs. Dashwood que, após a morte de Henry Dashwood, convida ela e suas filhas para viverem em uma casa de sua propriedade. Descrito como rico, e tendo servido o exército com Coronel Brandon, ele é muito amável e faz frequentemente festas, picnics e outros eventos sociais, para reunir os jovens do local. Ele e sua sogra, Mrs. Jennings, formam um divertido par.
- Lady Middleton — a gentil, mas reservada esposa de Sir John Middleton. Ela é mais fechada do que o marido, e tem 4 filhos.
- Mrs. Jennings — mãe de Lady Middleton e Charlotte Palmer. Uma viúva que após casar todos os filhos, passa o tempo visitando-os, especialmetne os Middletons. Ela e seu genro, Sir John Middleton, encorajam os jovens do local a relacionamentos, em especial Elinor e Marianne.
- Edward Ferrars — o mais velho dos dois irmãos de Fanny Dashwood. Ele se interessa por Elinor Dashwood, mas antes de conhecê-la, está compromissado secretamente com Lucy Steele, a sobrinha de seu tutor. O compromisso é secreto mediante as expectativas da família de Edward em um casamento com Miss Steele. Ela é deserdado pela mãe, quando essa descobre tal compromisso.
- Robert Ferrars — o irmão mais novo de Edward Ferrars e Fanny Dashwood. Ele é mais preocupado com status, aparência, e casa com Miss Lucy Steele, após Edward ter sido deserdado.
- Mrs. Ferrars — mãe de Fanny Dashwood, e de Edward e Robert Ferrars. Mal-humorada e antipática, está determinada a fazer seus filhos casarem bem.
- Coronel Brandon — um amigo íntimo de Sir John Middleton. Em sua juventude, Brandon tinha se apaixonado pela protegida de seu pai, porém, ela estava prometida para seu irmão mais velho. O casamento foi infeliz, e dele nasceu uma filha ilegítima, que ficou sob a proteção do Coronel. Ele tem 35 anos no início da história, e se apaixona por Marianne, que tem características semelhantes a sua primeira apaixonada. Brandon é um honrado amigo dos Dashwoods, particularmente Elinor, e ajuda Edward Ferrars a refazer sua vida após ter sido deserdado pela mãe.
- John Willoughby — um sobrinho do vizinho dos Middletons, que conquista Marianne. Ele dá a entender que está compromissado com Marianne através de suas atitudes.
- Charlotte Palmer — a filha de Mrs. Jennings e irmã mais nova de Lady Middleton, é alegre, mas tola e rude.
- Thomas Palmer — o marido de Charlotte Palmer, que almeja ser um parlamentar, mas é preguiçoso e rude.
- Lucy Steele — uma jovem conhecida de Mrs. Jennings, que está secretamente compromissada com Edward Ferrars. Ela cultiva sua amizade com Elinor Dashwood e Mrs. John Dashwood. Limitada em cultura, educação e maneiras, ela não é atraente, mas tola e manipuladora.
- Anne/Nancy Steele — a irmã mais velha de Lucy Steele, socialmente inapta e tola.
- Miss Sophia Grey — uma rica, mas maliciosa herdeira com quem Mr. Willoughby casa em busca de um estilo de vida confortável após ter sido deserdado por sua tia.
- Lord Morton — o pai de Miss Morton.
- Miss Morton — uma rica mulher com quem Mrs. Ferrars deseja que seu filho, Edward, e depois Robert, case.
- Mr. Pratt — um tio de Lucy Steele e tutor de Edward.
- Eliza Williams — a protegida do Col. Brandon e filha de Elizabeth Williams. Ela tem 15 anos e tem um filho ilegítimo com John Willoughby.
- Elizabeth Williams — o amor passado do Coronel Brandon. Williams é protegida do pai de Brandon, e é forçada a casar com seu irmão mais velho. O casamento é infeliz e nasce-lhes a filha Eliza, que passa a ser protegida do Coronel.
- Mrs. Smith — a rica tia de Mr. Willoughby, que o deserda por não casar com Elza Williams.
Opinião:
Razão e sensibilidade de Jane Austen é um livro bom. E se alguém me perguntar sobre o que é o livro tenho que confessar: é um livro bom que não fala sobre nada. Quando leio, e isso é muito pessoal, é para viajar e sair da realidade procuro a fantasia e a emoção do ficcional. Isso em todas as categorias e estilos literários. Em razão e sensibilidade encontrei uma transição exata do que seria cada palavra dita por seus personagens, em acontecimentos que poderiam ser reais, talvez seja exatamente isso que reside seu mérito. Tenho a consciência de que se trata de um livro de época, seus diálogos e conflitos refletem a sociedade dessa realidade. É nesse ponto que mora meu desconforto é tão real a narrativa e seus diálogos, que retrata a vida de maneira fadigada e sem emoção para mim. Onde há romance não me derreto e onde há lagrimas não me emociono.
Diante disso poderia dizer que é um livro ruim, porém como dizer isso desse clássico? Ele é incontestavelmente bem escrito, com destaque para os diálogos que mesmo sendo gigantescos, tem fala de alguns personagens que ocupam uma pagina sem tomar folego, Jane consegue a façanha de possuir paginas escritas de coisas nas entrelinhas. Que se o leitor for displicente não irá notar, e com falas longas o que me arrancou um ou dois sorrisos, foi exatamente o que não foi dito. Não vou dizer que é um livro ruim, apenas que R&S é o melhor livro sobre coisa nenhuma que já li, mas em uma conversa entre amigos irei preferir uma pequena blasfêmia: Prefira assistir o filme R&S, que é uma adaptação razoável do livro, algumas escolhas de atores são sofríveis, mas é um belo filme apesar da qualidade não ser das melhores.
Por Glau Kemp
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